quarta-feira, fevereiro 20, 2008

Ê Fidel véi de guerra!


E o Fidel largou o osso...
É engraçado como as coisas acontecem e você nem se dá conta. Pros jornalistas este foi um marco histórico: o último suspiro do comunismo no mundo, os sinais de que governos autoritários não se sustentam sem seus líderes carismáticos e os sinais de que o fim da história é o neo-liberalismo.

Da mesma forma da ocasião de quando encontraram Saddam Hussein no Iraque em um buraco, da sua execução, ficou aquela impressão de que havia algo de irônico e sádico na forma como as coisas acontecem... Quem imaginaria que aos poucos não há nada no mundo que diversifique? Que o capitalismo é como a modernidade e obtém performances distintas a medida que se insere em todos os cantos e constitui uma hegemonia de idéias (mesmo que exista singularidades, a presença de uniformidade de idéias ou, melhor dizendo, de um arrefecimento de ideologias faz a prevalecência de um mesmo ethos)?

Alguns apostam em um novo inimigo: o Islã. Outros apontam apenas outra hegemonia surgindo: cultura oriental e a China dominando o século XXI. Sinceramente às vezes eu me irrito com essa pressa de jornalistas em apontar o caminho das mudanças sociais pelo mundo. E não sei mesmo se chegamos ao fim da história. Há desigualdade de classes, há ideologia dominante, mas não o líder carismático. Fidel se reserva à luta de idéias, Chaves não conquistou ainda a força ideológica que o Comandante e a grande mídia ainda não sinalizou um líder desse porte seja na América Latina, seja no mundo afora.

Não, eu não sou marxista. Foram só umas reflexões sobre marxismo e conjuntura. Não me entendam mal...

Mas o Fidel tá lá. O véio ainda sonha com seu companheiro de armas e idéias.

1 comentários:

Ana Fiori disse...

Feio, feio, feio
Ressucitou o blog e não me avisou.

Ah, a saída do fidel só serviu pra deixar a gente com a sensação de que tá ficando velho

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